Andrea Trindade
Por unanimidade, foi condenada a 14 anos de reclusão em regime fechado, Ana Cláudia da Conceição Santos, 21 anos, que matou com um golpe de estilete no pescoço a estudante Suele de Oliveira Cerqueira, no dia 5 de setembro de 2011. Foram sete votos a zero. Na decisão, a juíza negou o direito de Ana Claudia recorrer da decisão em liberdade.
O
julgamento foi realizado nesta terça-feira (11) no Fórum da Comarca de
São Gonçalo dos Campos. A ré contou com a defesa de cinco advogados:
Dilson Alberto Lopes, Firmino Ribeiro, Bener Nascimento, André Vieira e
Hércules Oliveira. O julgamento foi comandado pela juíza Eli Cristiane
Esperon Miranda e tem como representante legal da acusação a promotora
de justiça Laísa de Araújo.
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Em seu discurso, o advogado Hércules Oliveira afirmou que Ana Cláudia
está presa porque é negra e pobre. Ele lembrou que em São Paulo um
promotor não foi condenado após alegar legítima defesa em um caso em que
o mesmo matou com dez tiros um motoboy que parou próximo a ele, em uma
sinaleira, para atender um aparelho celular.
Hércules disse, ainda, que na cena do crime, que vitimou a estudante
Suele, existiam dois estiletes, mas apenas um foi apresentado. “O
estilete da vítima não foi apresentado, uma vez que a vítima também
portava uma arma branca”, ressaltou o advogado alegando que a jovem agiu
em legítima defesa.
A promotora, por sua vez, pediu a condenação da jovem por homicídio
duplamente qualificado afirmando que o crime teve motivo fútil, além do
fator surpresa, uma vez que a ré não deu a chance de a vítima se
defender.
Ana e Suele eram colegas e teriam discutido dentro da sala de aula da
Escola Municipal Antônio Carlos Pedreira, em São Gonçalo. O
desentendimento continuou depois da aula, quando Ana atingiu Suele do
lado de fora. Ela foi presa após denúncia anônima cinco dias depois do
crime.
A motivação
Em entrevista ao Acorda Cidade, Izaltina Santos de Oliveira, tia da
Suele, informou que Ana Cláudia agrediu a sobrinha dela por causa de um
débito de R$ 2,00, oriundo da venda de uma calcinha. “As duas eram
amigas e eu não sei que motivo maior levou Ana Cláudia a fazer isso”,
disse.
As informações são do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade
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