A delegacia de Mutuípe vai apurar a presença de ossadas humanas no
cemitério municipal da cidade, localizada no centro-sul da Bahia,
segundo informou a delegada Corina Lopes de Oliveira nesta quarta-feira
(19). A situação foi registrada na unidade de polícia após denúncia de
moradores. "Agora vamos investigar. O cemitério está em obras e vou
fazer o contato com essas pessoas e ouvir todos os responsáveis", disse.
A queixa foi aberta por Jesulino Santos Júnior, vereador da cidade, que
também encaminhou registros de fotografias e vídeos para o Ministério
Público da Bahia (MP-BA). De acordo com ele, os restos de ossos foram
vistos já em estado de decomposição, a céu aberto. "Moscas e cachorros
estavam comendo e levando esses ossos para a rua pública. Recebi
denúncias pedindo que fosse ao cemitério, que a administração estava
jogando restos mortais fora das gavetas", relatou.

(Junício Junior/AlmeidaNotícias.com)
(Junício Junior/AlmeidaNotícias.com)
O secretário de Adminstração de Mutuípe, Cremilson Andrade, conta que
não foi informado sobre a situação. "Temos dois servidores responsáveis
pela manutenção do cemitério, que são os coveiros. Nunca aconteceu
isso", afirmou.
Andrade explica o tipo de contrato realizado com as famílias dos mortos.
"Temos gavetas que são disponibilizadas para os familiares. As gavetas
que estão à venda podem ser perpétuas ou alugadas por três anos", disse.
As famílias responsáveis assinam um Documento de Arrecadação Municipal
(DAM) antes da compra ou aluguel das covas. "A pessoas recebem esta guia
informando o período em que devem retornar para renovar ou não. Se nos
três anos a pessoa não comparecer, a prefeitura pode utilizar o local e
fazer a remoção dos ossos para um ossário geral, que fica no próprio
cemitério. Mesmo assim, localizamos a pessoa para que ela compareça",
comentou.
Segundo o gestor, muitas famílias não demonstram interesse em realocar
os restos mortais dos parente e enfatiza que não há prática de
exposição de ossos. "Na retirada das gavetas de aluguel que as famílias
não querem mais renovar, o servidor coloca em um saco, identifica e
guarda no local apropriado", informou. Ele afirma que espera ser
notificado formalmente sobre a situação para que a pasta abra um
processo administrativo para apurar se houve negligência funcional,
ressaltando que nunca houve um caso semelhante. As informações são do
G1.
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