Andrea Trindade
A notícia de que o comércio de Feira de Santana vai funcionar na
segunda-feira de Carnaval deixou muitos comerciários insatisfeitos.
Afinal, há quatro anos isso não acontece. Desde que o fato foi
noticiado, a redação do Acorda Cidade recebeu números e-mails e ligações
de comerciários que não concordam com a decisão do sindicato que os
representa.
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Uma comerciária, que não quis se identificar, disse em entrevista ao
Acorda Cidade que é sindicalizada e que não concordou com a mudança.
“Foi um choque porque já estávamos acostumados com a folga na véspera do
feriado de carnaval e de uma hora para outra o feriado volta para 30 de
outubro (Dia do Comerciário), deveria deixar como está”, disse.
“A gente ficou meio ‘desprogramado’. Quando o feriado estava na data
certa, até aí tudo bem, mas já que mudaram, deveriam deixar como está, e
não voltar para outubro novamente”, continuou.
Outra comerciária informou que já tinha programado viagem para casa de
parentes e descansar um pouco mais, porém teve que mudar de planos. “Não
gostei”, afirmou.
“Não concordo com a mudança. É o único feriado prolongado que o
comerciário tem. Acho que o sindicato deveria ter ouvido os
sindicalizados”, opinou outra funcionária do comércio, que há nove anos
trabalha com vendas.
Outra comerciária acredita que a maioria dos funcionários é a favor do
Dia do Comerciário na segunda de Carnaval, e não na data oficial, em
outubro.
O presidente do Sindicato dos Empregados do Comércio justificou a
mudança: “Desde quando foi criado pelo presidente Getúlio Vargas, o Dia
do Comerciário é comemorado nesta data. Aqui em Feira de Santana se
negociou para que o dia fosse comemorado na segunda-feira de Carnaval,
mas a data descaracteriza o dia, e o comerciário precisa entender que o
dia dele mesmo é 30 de outubro. Nós negociamos a segunda-feira para
verificar como poderia funcionar, mas com a regulamentação da classe
comerciária, em março do ano passado, a Confederação e as federações
estão apelando para que a gente volte a comemorar na data criada desde a
época de Getúlio Vargas”, explicou Délcio. Fonte : Acorda Cidade
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