A
prefeitura de Lajedinho (a 466 km de Salvador), na Chapada Diamantina,
declarou estado de emergência e luto oficial por três dias,
a partir desta segunda-feira, 09/12/13, por conta da morte de dez pessoas,
vítimas do temporal que atingiu a cidade entre a noite de sábado
e a madrugada deste domingo, 08/12/13.
No
município, que também está entre as cidades em
estado de emergência por conta da seca, choveu 120 milímetros
em duas horas, o equivalente a dois meses de chuva, conforme informou
o coordenador da Superintendência da Defesa Civil do Estado (Sudec),
Paulo Sérgio Luz.
Segundo
o gestor, o período de seca deixou o solo impermeável,
o que bloqueou a entrada da chuva que escorreu pelos vales da região
até chegar ao centro da cidade, onde fica o riacho Saracura.
O curso d' água transbordou, arrastando carros, destruindo casas
e prédios públicos.
O coordenador da Sudec informou que oito dos dez mortos na enxurrada
são "praticamente da mesma família" e moravam
na rua Sete de Setembro, no centro da cidade, área mais afetada.
São eles: Tharso Lima dos Santos, 4 anos; Sirlene Santos da Silva,
16 anos; Ilza Cavalcante da Silva, 68; Valdete Maria de Jesus, 40; Andreza
de Jesus, Cátia Fernanda de Jesus Santos; Valéria Cruz
Lima e Luiza Santos Lima.
"A
maioria das vítimas foi morta por afogamento e por ter ficado
presa entre os escombros das casas que desabaram", relatou o coordenador
da Sudec. Oito corpos foram levados para o Instituto Médico-Legal
de Itaberaba.
Dois
mortos ainda não havia sido identificados, entre eles uma criança
de 11 anos, e, pelo menos, cinco pessoas estavam desaparecidas até
o início da noite de domingo. Mais de 120 pessoas ficaram desabrigadas,
entre elas o prefeito de Lajedinho, Antônio Mário Lima
Silva (PSD).
Desabrigados
- "Se fosse só minha casa que tivesse sido atingida, não
teria nenhum problema", afirmou o mandatário da cidade,
que tem 4 mil habitantes, antes de completar: "A questão
toda é que muitas famílias também foram atingidas".
Conforme o prefeito, os desabrigados foram alojados nas duas maiores
escolas do município, que estão localizadas na parte alta
da cidade. "Uma outra parte conseguiu abrigo na casa de parentes.
Aqueles da zona rural, estão em fazendas que foram oferecidas
pelos proprietários", contou Lima.
De
acordo com o prefeito, o município vai pedir ajuda também
aos governos Estadual e Federal para reerguer a cidade. "Estamos
contando com o apoio de municípios vizinhos, que enviaram colchões,
roupas, alimentos e cobertores. A cidade é pequena e foi muito
castigada", disse, com a voz abatida.
A
titular da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza
(Sedes), Moema Gramacho, chegou domingo a Lajedinho e disse que o município
recebe o apoio do Corpo de Bombeiros, das polícias civil e militar,
além da Defesa Civil do Estado. "Antes mesmo de fazer todo
o levantamento dos desabrigados, já disponibilizamos assistentes
sociais, médicos, enfermeiros e medicamentos", informou
Gramacho, ao acrescentar que carros da Secretaria de Saúde local
foram destruídos pelos escombros.
Segundo
a secretária, o vice-governador, Otto Alencar, também
esteve no local. Por meio de nota, o governador Jaques Wagner lamentou
o ocorrido: "O governo coloca à disposição
todos os recursos disponíveis. Peço aos baianos que se
mobilizem para ajudar os moradores de Lajedinho".
Fonte:
Jornal Atarde
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