“Não
vim aqui para apurar”. A frase do delegado e chefe
de gabinete do deputado Marco Feliciano, Talma Bauer, dita em meio a
uma entrevista coletiva nessa segunda-feira (21/10/13), sintetiza o
resultado de sua conversa com o delegado regional Ricardo Brito sobre
o caso dos evangélicos
mortos pela polícia semana passada na divisa
entre Feira de Santana e Conceição do Jacuípe (Berimbau).
Na avaliação de Bauer,
“a polícia está apurando, e está fazendo
um bom trabalho. Está dentro dos padrões que a gente
esperava, sem sombra de dúvida”.
Bauer é a autoridade máxima
do gabinete do deputado que preside a Comissão de Direitos
Humanos e Minorias da Câmara Federal, enviado a Feira de Santana
devido à grande repercussão do caso.
Antes de chegar a Feira e se reunir
com a polícia, disse ver indícios de execução
na ação policial. Depois de encontrar com a polícia,
convenceu-se de que nada houve de errado. Ele ressaltou que a comissão
só interfere se percebe alguma coisa “gritante”,
mas que não foi o caso. “A polícia está
agindo com rigor para esclarecer realmente os fatos. A polícia
está apurando com rigor e com isenção”,
enfatizou.
O enviado de Feliciano ressaltou que
obteve cópia dos autos e que a investigação segue,
pois há uma parte ainda sob sigilo.
Sobre o pregador Mário Sales,
em cuja inocência acreditaram muitos evangélicos que
se manifestaram na internet, Bauer disse ter “certeza
que ele por ser um homem de Deus não tinha essa índole.
Mas por uma displicência, por confiar nas pessoas…”,
continuou, sem completar a frase.
Ele considerou que o pastor poderia
não saber que comprou um carro roubado, mas “uma pessoa
de mediana inteligência tem que ter cautela para comprar um
carro”. Disse ainda que “a pessoa que estava andando e
pregando com ele [Jeissivan] já tinha um passado, e está
reconhecido, no roubo”.
Culpado
O delegado Ricardo Brito foi categórico
sobre a participação de Mário Sales. Não
como um mero comprador de um carro roubado, mas como parte atuante
do grupo. “Ele participava da quadrilha roubando também
os veículos”, garantiu. Uma das vítimas da quadrilha
inclusive foi um outro pastor, revelou o delegado, assegurando que
havia uma investigação prévia.
Ricardo Brito avalia que todos saíram
convencidos de que a polícia está correta, incluindo
Bauer, pastores e o vereador Edvaldo Lima, que é pastor também.
Na Câmara, Edvaldo defendeu Mário Sales na sessão
de segunda. Hoje não tocou no assunto.
A polícia aguarda laudos de
algumas provas técnicas e estima a conclusão do inquérito
em 30 dias.
Fonte: Tribuna
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