quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Enviado de Feliciano diz que não veio para Feira apurar morte de evangélicos que aconteceu perto de Berimbau


“Não vim aqui para apurar”. A frase do delegado e chefe de gabinete do deputado Marco Feliciano, Talma Bauer, dita em meio a uma entrevista coletiva nessa segunda-feira (21/10/13), sintetiza o resultado de sua conversa com o delegado regional Ricardo Brito sobre o caso dos evangélicos mortos pela polícia semana passada na divisa entre Feira de Santana e Conceição do Jacuípe (Berimbau). Na avaliação de Bauer, “a polícia está apurando, e está fazendo um bom trabalho. Está dentro dos padrões que a gente esperava, sem sombra de dúvida”.
Bauer é a autoridade máxima do gabinete do deputado que preside a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal, enviado a Feira de Santana devido à grande repercussão do caso.
Antes de chegar a Feira e se reunir com a polícia, disse ver indícios de execução na ação policial. Depois de encontrar com a polícia, convenceu-se de que nada houve de errado. Ele ressaltou que a comissão só interfere se percebe alguma coisa “gritante”, mas que não foi o caso. “A polícia está agindo com rigor para esclarecer realmente os fatos. A polícia está apurando com rigor e com isenção”, enfatizou.
O enviado de Feliciano ressaltou que obteve cópia dos autos e que a investigação segue, pois há uma parte ainda sob sigilo.
Sobre o pregador Mário Sales, em cuja inocência acreditaram muitos evangélicos que se manifestaram na internet, Bauer disse ter “certeza que ele por ser um homem de Deus não tinha essa índole. Mas por uma displicência, por confiar nas pessoas…”, continuou, sem completar a frase.
Ele considerou que o pastor poderia não saber que comprou um carro roubado, mas “uma pessoa de mediana inteligência tem que ter cautela para comprar um carro”. Disse ainda que “a pessoa que estava andando e pregando com ele [Jeissivan] já tinha um passado, e está reconhecido, no roubo”.
Culpado
O delegado Ricardo Brito foi categórico sobre a participação de Mário Sales. Não como um mero comprador de um carro roubado, mas como parte atuante do grupo. “Ele participava da quadrilha roubando também os veículos”, garantiu. Uma das vítimas da quadrilha inclusive foi um outro pastor, revelou o delegado, assegurando que havia uma investigação prévia.
Ricardo Brito avalia que todos saíram convencidos de que a polícia está correta, incluindo Bauer, pastores e o vereador Edvaldo Lima, que é pastor também. Na Câmara, Edvaldo defendeu Mário Sales na sessão de segunda. Hoje não tocou no assunto.
A polícia aguarda laudos de algumas provas técnicas e estima a conclusão do inquérito em 30 dias.
Fonte: Tribuna

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