Nesta
quarta-feira (06/02/2013), funcionários da empresa Seara, instalada
no Centro Industrial do Subaé (CIS), na cidade de São
Gonçalo dos Campos, retardaram suas atividades nas primeiras
horas da manhã para fazer uma manifestação na porta
da companhia. O objetivo foi colher assinaturas dos funcionários
para referendar a decisão de que a empresa não demitirá
até dia 18 deste mês quando haverá uma reunião
entre trabalhadores e a firma, mediada pela Superintendência Regional
do Trabalho.
Proposta pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas
de Abate Animal da Bahia (Sindicarne), a manifestação
conseguiu retardar as atividades de duas turmas com aproximadamente
200 pessoas, cada, preocupadas com o anuncio de demissões feito
ontem (5) pela empresa. “Se a empresa permanecer com a proposta
de demissão, nós vamos fazer paralisação,
mas vamos aguardar o desenrolar dessa reunião para darmos continuidade”,
disse Adelmiro Almeida, coordenador financeiro do Sindicarne.
O gerente administrativo e RH da empresa, Rodrigo
Costa, garantiu que não haverá demissão até
a conversa com a Superintendência Regional do Trabalho. “Até
o dia 18 não vamos demitir. 300 funcionários, no máximo,
poderiam ser demitidos, mas vamos estudar os casos”, afirmou.
O deputado estadual e líder do Governo na Assembleia
Legislativa da Bahia, Zé Neto (PT) vem trabalhando para que
o diálogo entre as partes aconteça. “Nós
do Governo do Estado demos todo apoio para que a Seara se instalasse
na Bahia substituindo a Perdigão e esperávamos que houvesse
mais atenção por parte da empresa tanto aos trabalhadores
como aos integrados que fornecem frango para a mesma. Entretanto,
nos dois casos não tem havido um diálogo saudável
e foi uma surpresa para nós o anuncio das demissões,
pois nossa expectativa era de ampliar a planta industrial do grupo
Seara na nossa região conforme tínhamos combinado com
os próprios representantes do grupo”, destacou.
Zé Neto informa que o secretário de
Indústria, Comércio e Mineração, James
Correia, também está acionando os representantes da
Seara para solucionar a situação da melhor forma possível.
O deputado comentou sobre o período de dificuldade pelo qual
o setor tem passado. “A cadeia produtiva do frango teve um ano
muito difícil em 2011 com a quebra da safra de milho e de grãos
nos EUA o que ampliou as exportações do Brasil para
aquele país e também pela própria seca em parte
do nordeste que criou dificuldades para a compra de milho e grãos
para ração e isso afetou muito o mercado. Mas 2012 foi
um ano de recuperação. É hora de avançar
e não de regredir, como a empresa quer”, declarou Zé
Neto.
Fonte: Grande Bahia
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