uarta, 14 de Março de 2012 - 00:00
Amélia Rodrigues: Hospital sofre com falta de profissionais e goteiras; secretária esperava e-mail de São Pedro
por Leonardo Martins
Um mês após a entrega do Hospital Dr. Pedro Américo de Brito,
que foi submetido a uma reforma total, a população do município de
Amélia Rodrigues, na Região Metropolitana de Salvador, continua a se
queixar dos problemas provenientes do setor de saúde. De acordo com
Maria de Lourdes Pereira, moradora da localidade de Serra, a situação da
unidade é de calamidade. “O hospital alagou, os pacientes tiveram que
arrastar as camas e baldes foram colocados para amenizar o alagamento.
Mas isso não foi tudo. Eu tive uma fratura no dedo e não fui atendida
porque existia o aparelho de raio-X, mas não tinha um profissional para
realizar o exame”, declarou. O centro médico, que deveria beneficiar
aproximadamente 25 mil pessoas, possui 16 leitos de internamento, sendo
oito de urgência e um de suporte de vida para ocorrências cardiológicas,
além do atendimento de urgência e emergência. Após a reforma, a unidade
passou a contar com ambulatório de neurologia, cardiologia, urologia,
ginecologia e pediatria. A reinauguração aconteceu em 13 de fevereiro
deste ano e contou com a presença do prefeito Toinho (PT) e dos
secretário de Saúde do Estado, Jorge Solla, e do Município, Graça
Passos.
Contatada pelo Bahia Notícias, a secretária Graça Passos
admitiu que a denúncia procedia, no entanto, ressaltou que, em relação
às goteiras, não demorou muito para que a questão fosse resolvida. Ela
afirmou que o problema foi provocado pela quebra de algumas telhas
durante a instalação de uma antena para um televisor de plasma,
recentemente adquirido pela instituição. Ainda de acordo com a titular,
as sobras de telhas foram retiradas imediatamente para que outras novas
fossem colocadas no lugar. “A situação foi rapidamente normalizada.
Aconteceu por volta das 11h e 12h30 eu já estava em uma rádio local
anunciando a conclusão dos reparos. O que ocorreu foi que choveu nesse
espaço de tempo e houve vazamento de água pela laje, escorrendo pela
luminária. São Pedro não nos enviou um e-mail avisando que choveria”,
ironizou. Questionada sobre a ausência de profissionais qualificados no
hospital, a secretária justificou. “Não tivemos insumos. A empresa
vencedora da licitação está com uma certidão vencida e não pode prestar
serviços. Mas a orientação é que, caso não haja profissional em
determinado setor, o paciente deve ser encaminhado para outra unidade. A
empresa que ganhou no processo licitatório tem um prazo de 10 dias para
se regularizar e começar a fornecer os serviços. Ultrapassando essa
tolerância, iremos utilizar o grupo que ficou em segundo lugar”, avisou.
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