A dona de casa Wbiliane Sayaka Santos de Oliveira, de 23 anos, foi
autuada em flagrante na tarde de quarta-feira (12), suspeita de ter
provocado um aborto e enterrado o feto no quintal da sua residência, no
loteamento José Jailton, no município de Tanquinho. O feto, de
aproximadamente 6 meses, foi encontrado dentro de uma caixa de sapato
enterrado embaixo de um pé de acerola.
De acordo com a delegada Maurenice Fernanda Batista Lima, titular da
delegacia local, a Policia Militar recebeu uma denúncia anônima
informando que a jovem teria enterrado um bebê ainda vivo no quintal. Os
policiais foram até a residência e confirmaram a denúncia, encaminhando
a mãe para a delegacia. “Os policiais contaram que ela negou, mas após o
feto ter sido encontrado confirmou o aborto, negando que tenha sido
provocado”, disse.
A delegada informou, ainda, que Wbiliane disse na delegacia que não
sabia da gravidez e que percebeu um forte sangramento e logo após
colocou o feto para fora. “Ela disse que ficou com medo de ser presa ou
algo do tipo e enterrou o feto no quintal, mas insiste em afirmar que
teve um aborto espontâneo, mesmo nós tendo indícios que comprovem o
contrário”, afirmou o a delegada.
Um vizinho da dona de casa, que preferiu não se identificar, informou
que ouviu o choro do bebê, mas que, logo depois, o barulho parou, como
se alguém o tivesse abafado. “Desconfiamos dela logo depois, pois vimos
quando ela estava enterrando algo. Não tive coragem de denunciar, mas
graças a Deus alguém o fez”, contou.
Wbiliane tem um filho de 6 anos e reside com familiares, mas no momento
do crime ela estava apenas com o filho na residência. A criança
presenciou tudo. Ela foi autuada em flagrante por crime de aborto que
prevê penas de 1 a 3 anos de prisão, mas pagou fiança no valor de um
salário mínimo e responderá o crime em liberdade.
Até o fechamento dessa reportagem, ela encontrava-se internada em
observação no Hospital Municipal João Campos. O feto foi encaminhado
para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Feira de Santana. “Vamos
aguardar os laudos da necropsia, da perícia do local do crime e do
exame que a que a mãe será submetida para sabermos se houve realmente um
aborto provocado”, destacou Maurenice Fernanda. As informações são do A
Tarde.
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