Por conta dos ilícitos cometidos, o MPF requer a condenação de Antônio Pimentel Pereira, Elanyr Carvalho de Souza Matto e Neuza de Souza dos Santos em todas as penalidades previstas no artigo 12, II, da Lei de Improbidade Administrativa (nº 8.429/92). Além disso, o órgão requer a condenação de Antônio Carlos Fonseca Gomes e da empresa Victória Construtora e Incorporadora nos incisos III e I do mesmo artigo da mesma lei, respectivamente.
De acordo com uma das ações (processo 10240-11.2013.4.01.3304), o ex-prefeito de Governador Mangabeira, a 657 km de Salvador, em conluio com a ex-secretária de saúde, promoveu diversas irregularidades na gestão de verbas repassadas ao município pelo Ministério da Saúde, nos anos de 2005 e 2006. Segundo as investigações, Pereira, com apoio de Elanyr, fracionou despesas a fim de burlar a exigência legal de licitação, adquiriu medicamentos com preços superiores aos que foram licitados e realizou pagamentos pela prestação de serviços médicos em desacordo com o estabelecido, chegando, alguns profissionais, a receberem o triplo do estipulado em contrato. Além disso, ficou comprovada a falta de controle sobre a utilização de veículos à disposição da secretária de saúde e uma série de gastos com pagamentos de despesas que não deveriam ser financiadas com recursos da União.
Já no caso do ex-prefeito de Tapiramutá/BA (processo 10239-26.2013.4.01.3304), a 334 km da capital, a ação de improbidade se deu pela ocorrência de irregularidades na gestão dos recursos do Ministério das Cidades. De acordo com a investigação, Gomes não realizou a prestação de contas, até 1º de outubro de 2008, referente a um convênio firmado com o ministério no valor de 150 mil reais, que seriam destinados à construção de habitações populares no município. Segundo o com o procurador da República Claytton Ricardo de Jesus Santos, “o ex-gestor deixou de cumprir com seu dever legal de comprovar a destinação das verbas que lhe foram encaminhadas, expondo o município à situação de irregularidade”. Vale ressaltar que no mês de novembro o ex-prefeito foi alvo de outra ação de improbidade do MPF, em função de irregularidades na prestação de contas de recursos transferidos pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
As presentes ações de improbidade integram a meta dos procuradores da República na Bahia para este ano, a fim de evitar a ocorrência da prescrição em relação às investigações que apuram irregularidades na gestão de prefeitos municipais, cujos mandatos encerraram-se no ano de 2008.
Números para consulta processual – Subseção Judiciária de Feira de Santana:
10240-11.2013.4.01.3304 – Governador Mangabeira
10239-26.2013.4.01.3304 – Tapiramutá
10185-60.2013.4.01.3304 – Coração de Maria
Fonte : Jacuipe Noticias
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