Daniela Cardoso e Ney Silva
O Governo do Estado já cadastrou 109 propriedades rurais, localizadas
próximo ao aeroporto João Durval Carneiro, em Feira de Santana, para
fins de desapropriação. Mais 15 propriedades também devem ser
desapropriadas nos próximos dias com a finalidade de expandir a pista do
aeroporto. A informação foi dada pelo diretor da secretaria estadual de
Infraestrutura, Denisson Oliveira. Ele participou na manhã desta
quinta-feira (8) de uma audiência pública promovida pelo deputado
estadual, José Neto, no auditório da Associação Comercial e
empresarial.

Segundo o diretor, a aeroporto João Durval Carneiro já tem condições de
operar vôos regionais, dependendo apenas do interesse de empresas áreas.
Denisson explicou também, que as providências que eram de
responsabilidade do Governo do Estado já estão 100% concluídas. Ele
citou a aquisição de um carro e a construção do prédio para a brigada
contra incêndio. “Com a estrutura que temos lá, é possível sim, a gente
ter hoje vôos regionais. Mas isso depende das empresas aéreas”, afirmou.

Para o superintendente da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura
Aeroportuária), José Cassiano Ferreira, para que o aeroporto de Feira
de Santana possa ter vôos regulares regionais, é necessária a conclusão
das obras de infraestrutura, com a retirada de obstáculos e fechamento
da cerca. Além disso, a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) precisa
aferir segurança dentro da legislação pertinente.
Ele informou que não poderia afirmar se o aeroporto tem ou não condições
de operar vôos, porque não conhece como está o sítio aeroportuário da
cidade, e se está ou não adequado às normas. Se isso não foi feito,
explica José Cassiano, não será dada a autorga para o aeroporto
funcionar.
A presidente da associação dos moradores da localidade de Retiro e
adjacências, Maria Gorete Cardoso, informou que a maior dificuldade que
existe hoje é a desinformação das pessoas, que tem propriedades que
serão indenizadas pelo Governo do Estado. Ela disse que 10% das
propriedades ainda faltam ser cadastradas pelo Estado, e que os
moradores não permitiram esse cadastramento, por falta de uma definição
de valores. Maria Gorete acrescentou, ainda, que nenhum morador foi
indenizado até agora.
O deputado José Neto, que organizou a audiência, mostrou-se satisfeito
com o resultado das discussões. Na opinião dele, independente das
desapropriações, o aeroporto já pode fazer vôos regulares com a atual
estrutura. Ele acredita que a partir de dezembro os vôos regulares já
poderão ocorrer. “Essa audiência teve o objetivo de reduzir as tensões e
explicar detalhes da concessão pública que foi feita”, afirmou.
Fonte : Acorda Cidade
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