quinta-feira, 18 de julho de 2013

Moradores reclamam da falta de segurança na divisa de Feira com São Gonçalo

Ney Silva/Acorda Cidade
Daniela Cardoso e Ney Silva
 
A insegurança na localidade conhecida como Fazenda Boa Hora, que pertence ao distrito de Mercês, no município de São Gonçalo dos Campos, divisa com Feira de Santana, está preocupando os moradores, que reclamam que estão sem nenhuma assistência do governo do estado e da prefeitura daquele município. 
 
Segundo comerciantes, estabelecidos na rua do Telégrafo, que liga essa comunidade ao conjunto Fraternidade, os assaltos e arrombamentos ocorrem com muita frequência no período da noite, e até durante o dia.

 
A comerciante Antonia Araújo, que tem uma loja de materiais de construção, afirmou que a população está entregue ao vandalismo. “Aqui não temos segurança de nada, os assaltos ocorrem a qualquer hora do dia”, afirmou. Ela contou que um dos assaltos que presenciou foi na porta do estabelecimento comercial, tendo como vítima um dos seus funcionários, que perdeu um celular.
 
 
Dona de um mercadinho na rua do Telégrafo, a comerciante Eliane Santos Bastos também já foi vítima dos bandidos. Ela explicou que não só na Fazenda Boa Hora, mas também em outras localidades, como Tapera, Ouro Verde, entre outros, os assaltos ocorrem tanto de dia quanto de noite, como foi o caso de um tio dela, que perdeu para os marginais uma moto.
 
 
A dona de casa Julia Moreira de Jesus reclamou que está muito difícil viver na área da Fazenda Boa Hora. “Não temos segurança, não podemos sair de casa e quando chamamos a polícia fica um jogo de empurra. Uns dizem que o policiamento é com São Gonçalo, outros dizem que é com Feira, e a gente fica sem segurança”, disse indignada.
 
Situação difícil da dona de casa Cremilda Ferreira, que não foi assaltada, mas teve a casa arrombada três vezes. “A gente sai pra trabalhar e quando volta a casa está arrombada. Levam os objetos, como computador, televisores e outros pertences”, afirmou.
 
 
Além dos assaltos, os moradores da rua do Telégrafo também sofrem com os buracos, que causam prejuízos para os comerciantes. Milton Ramos, que tem um mercadinho na rua, informou que está com dificuldade de abastecer a empresa, porque os fornecedores de alimentos, com receio de assaltos e dificuldades de locomoção, não querem ir ao local.
 
 
O comerciante Geovane Cavalcante , proprietário de uma indústria de alimentos naturais, também está indignado com a insegurança. Ele reclama que os assaltos e arrombamentos são constantes e que de vez em quando há até registro de assassinatos. “Quando solicitamos a PM, em Feira de Santana, o pessoal não quer vir, alegando que o policiamento é de responsabilidade do pelotão de São Gonçalo”, contou. 
 
O capitão José Luiz da Silva Lima, sub-comandante da 67ª CIPM (Companhia Independente da Polícia Militar), responsável pelo policiamento no conjunto Fraternidade, próximo à Fazenda Boa Hora, contesta a informação dos moradores de que a PM quando solicitada não comparece ao local. Segundo ele, a companhia não tem conhecimento do alto índice de assaltos e arrombamentos na localidade. 
 
Ele informou que realmente o policiamento na área da Fazenda Boa Hora é de responsabilidade do pelotão de São Gonçalo dos Campos, mas ressalta que toda vez que a 67ª toma conhecimento da ação de bandidos, manda seus policiais realizarem patrulhamento. 
 
O capitão José Luz disse que a 67ª está à disposição dos moradores da Fazenda Boa Hora para discutir os problemas de segurança e orientou a comunidade que registre na delegacia os casos de assaltos e arrombamentos.

Fonte : Acorda Cidade

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