Com
produção anual de 12 mil toneladas de papel reciclado,
destinado à fabricação de embalagens de papelão,
a Penha Papéis investiu, nos últimos cinco anos, R$
150 milhões na modernização e ampliação
de suas quatro plantas industriais baianas localizadas em Santo Amaro,
no Recôncavo.
Além de
responsável por 1,5 mil empregos diretos, as fábricas
movimentam uma economia paralela que envolve um contingente estimado
de 28 mil pessoas na Bahia, mobilizadas em torno da coleta de aparas
de papelão. A fábrica é ecologicamente correta,
com energia própria, produzida a partir da queima de cavacos
de bambu.
"Trata-se da maior
produtora de papel reciclado do Nordeste, que não desmata,
não gasta petróleo nem energia elétrica e ainda
gera um número importante de empregos em uma região
com poucas oportunidades de trabalho, principalmente depois do fim
do ciclo da cana-de-açúcar", elogiou o secretário
da Indústria, Comércio e Mineração, James
Correia, em visita à fábrica, nesta quarta-feira (6).
Originária de Itapira,
em São Paulo, e com fábrica no Paraná, a Papéis
Penha se instalou na Bahia em 2005, adquirindo unidades fabris de
papéis desativadas e fazendas de bambu no Recôncavo,
reunidas no Depósito de Aparas, Penha Papéis, Penha
Embalagens e Penha Agroflorestal. "A produtividade da fábrica
baiana está no mesmo nível da nossa unidade no Paraná,
que possui os mesmos maquinários. Aqui ainda temos uma vantagem
competitiva: as aparas de papel custam menos", diz o diretor-presidente
da empresa, Carlos Edson Shiguematsu.
De forma inédita
no Brasil, o processo industrial de fabricação de papel
da Penha utiliza como energia a biomassa de bambu, cultivado de forma
sustentável em fazendas nos municípios de Santo Amaro,
Cachoeira e São Francisco do Conde, todas certificadas pelo
Forest Stewardship Council (FSC). O bambu, antes utilizado para a
fabricação da pasta de celulose, foi descartado por
ser pouco flexível na forma de papel.
Grande mobilização
Para produzir o papel reciclado
que forma as camadas das caixas de papelão, a Penha absorve
132 mil toneladas anuais de aparas de papel de toda a Bahia. "É
um verdadeiro exército em operação, em geral
organizado sob a forma de cooperativas, que sai recolhendo papelão
na Avenida Sete, na Baixa dos Sapateiros, nos shoppings, nos supermercados
e em todos os grandes pontos comerciais do interior da Bahia. Temos
pontos de recolhimento espalhados em todo o território, onde
o papelão é prensado e, depois, transportado para a
fábrica. O papel que produzimos vira embalagens de papelão
para alimentos, higiene e limpeza, eletroeletrônicos, farmacêuticos
e calçados", explica Marco Aurélio Rotoly, diretor-administrativo
da Penha.
Fonte : Jacuipe Noticias
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