segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Cachoeira - Começa a revitalização do Rio Paraguaçu

Patrimônio natural e importante cartão-postal de Cachoeira (a 110 km de Salvador), no Recôncavo baiano, o Rio Paraguaçu está sendo revitalizado em toda a extensão da orla fluvial. Iniciada há duas semanas, a operação de limpeza já recolheu 800 toneladas de lixo e entulho das margens, aterradas ao longo de anos devido à ação dos moradores.
São garrafas e sacolas plásticas, carcaças de animais, calçados, vasilhames de vidro, copos descartáveis, restos de material de construção, móveis, eletrodomésticos e brinquedos quebrados.
O volume de resíduos revela a gravidade da situação em que se encontra o trecho do curso de água que banha a cidade, originada a partir do século 17 na margem esquerda do rio. "É triste demais ver a quantidade de lixo que estava aqui", espantou-se o aposentado Antônio Silva, 68, ao observar o serviço feito por 25 homens, com a ajuda de duas máquinas e oito caçambas, que fazem em média 10 viagens por dia.
O objetivo da missão é devolver ao rio margens livres de materiais nocivos ao equilíbrio natural, além do curso normal de água. "Esta é primeira grande intervenção do poder público no Paraguaçu nas últimas décadas. Espero que não pare por aí", incentiva o escultor Carlos Fory.
"Vamos continuar trabalhando até deixar as margens do Paraguaçu em condições para que a própria natureza se recomponha", garante o prefeito Carlos Pereira.
Pescador, Natanael do Carmo, 39, trabalha diariamente no local. Adepto da pesca artesanal com anzol, ele diz que não adianta limpar se o trabalho de conscientização não for intensificado. "É preciso orientar os comerciantes da orla para não descartarem lixo no rio. Infelizmente, ainda jogam muita sujeira no Paraguaçu", observa.

Projeto - Segundo o prefeito, para revitalizar o Paraguaçu ainda é preciso executar um projeto de dragagem do leito. Ação que necessita de grandes investimentos e, portanto, depende de parceira com os governos federal e estadual. "O município sozinho não tem condições de executar esta obra no rio, já ameaçado de assoreamento em vários pontos", admite Carlos Pereira.
Fonte: Atarde

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