Foto: Tiago Melo / Bahia Notícias
A greve dos professores foi mantida
por unanimidade, após votação da assembleia-geral da categoria,
realizada na manhã desta terça-feira (5), em frente à sede da Secretaria
de Educação do Estado (SEC), no Centro Administrativo da Bahia (CAB),
em Salvador. Assim como na última terça (29 de maio), o critério sobre a
manutenção do movimento foi o pedido para que quem seria favorável ao
retorno às aulas levantasse as mãos. Os cerca de 2 mil educadores
presentes ao evento ficaram imóveis. Após a decisão, o presidente da
Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), Rui
Oliveira, se emocionou: “Àqueles que achavam que o movimento ia acabar
hoje porque eu era candidato, aviso que o prazo já acabou e eu não sou.
Estou com a categoria”. A declaração foi aplaudida pelos professores. Filiado ao PCdoB, o dirigente sindical era cotado como postulante a vereador da capital baiana nas eleições deste ano.
Sobre a hipótese de que a APLB teria "balançado" com a proposta
do governo de fazer reajustes de 22% a 26% em novembro deste ano e abril
de 2013, Oliveira desconsiderou. "Isso é coisa de quem quer destruir a
unidade sindical. O próprio curso da nossa luta mostra a nossa união",
salientou, em entrevista ao Bahia Notícias. Apesar disso, ele avaliou a
proposta do governo como um "avanço", embora "insuficiente". “Para quem
dizia que não ia negociar enquanto a greve não terminasse, é um avanço
de posicionamento, mas não na negociação. Essa proposta não atende às
nossas reivindicações, mas continuamos com diálogo aberto”, avisou. Os
educadores continuarão acampados na Assembleia Legislativa até, pelo
menos, a próxima terça (12), quando haverá, às 10h, um novo pleito sobre
a continuidade da paralisação. Antes disso, na segunda (11), às 18h30, o
comando de greve se reúne para avaliar o movimento. Até lá, está
prevista uma série de atividades, a começar por uma mobilização durante
toda esta terça em frente à SEC com o reforço de estudantes.
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