quinta-feira, 24 de maio de 2012

Clandestinos: 40 pessoas já morreram nos últimos seis meses nas rodovias baianas

Clandestinos: 40 pessoas já morreram nos últimos seis meses nas rodovias baianas
Fiscalização está suspensa pela Agerba por conta da greve dos rodoviários
O anúncio oficial da suspensão da fiscalização do transporte clandestino nas rodovias que cortam a Bahia, feito nesta quarta-feira (23) pela Agerba, poderá trazer consequências para o órgão estadual. Em sua página da internet, a agência reguladora, vinculada à Secretaria de Infraestrutura do Estado da Bahia (Seinfra), afirma que “a medida visa beneficiar a população que utiliza os ônibus e não tem outra alternativa para se locomover” por conta da greve dos rodoviários que também atinge o transporte intermunicipal. Em entrevista recente a um dos jornais de maior circulação no estado, o diretor-executivo do órgão, Eduardo Pessôa, alertou os usuários para o perigo desse tipo de condução que, segundo ele, “coloca em risco milhares de passageiros transportados de modo inseguro”. De acordo com o dirigente, em caso de acidente, a responsabilidade civil do transporte ilegal é muito mais difícil de ser comprovada. O presidente da Comissão de Defesa do Consumidor e Relação de Trabalho da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), deputado Pedro Tavares (PMDB), afirmou, em entrevista ao Bahia Notícias, que se reúne nesta quinta (24) com os membros do colegiado para avaliar a determinação feita pelo órgão. “Nós só tomamos conhecimento da medida no início da tarde [quarta]. Vou reunir os membros da comissão e discutir o assunto”, assegurou. Para o líder da oposição na Casa, deputado Paulo Azi (DEM), a suspensão da ação fiscalizadora expõe a população. “É uma medida que ameniza o sofrimento dos baianos que dependem do transporte, mas, ao mesmo tempo, traz riscos para a segurança dos passageiros. O que o governo do Estado deveria fazer era tentar por fim à greve. Todos sabem que o Sindicato dos Rodoviários é dirigido pelo PT. O governo, que é também do PT, deveria tentar um acordo com os seus militantes para que encerrem o movimento”, cobrou. Nos últimos seis meses, 40 pessoas já morreram nas rodovias estaduais e federais baianas em acidentes que envolveram veículos sem autorização para transportar passageiros.

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