O Capitão Tadeu, que assumiu o comando da greve dos policiais militares
da Bahia, após a prisão de Marco Prisco na tarde de ontem (18), pediu na
manhã deste sábado que os PMs retornem ao trabalho. Ele afirmou que se
reuniu durante a madrugada com representantes de cinco entidades da
Polícia Militar da Bahia, onde ficou definido, por unanimidade, que a
volta ao trabalho seria a melhor maneira de não prejudicar a situação de
Prisco e também da sociedade.
“Todas as associações se reuniram com a ministra Eliana Calmon e foi
explicado que o aquartelamento iria prejudicar Prisco, além da
sociedade. Por esse motivo, pedimos que os policiais retornem ao
trabalho”, afirmou.
O soldado Josafá Ramos, diretor da Aspra em Feira de Santana, informou
na manhã desta sábado (19), que a Polícia Militar da cidade está parada.
Ele afirmou que a polícia parou por iniciativa individualizada. “Cada
policial, por entendimento próprio, se convenceu que a ideia era
paralisar”, afirmou.
De acordo com Josafá Ramos para o fim da nova paralisação, os policiais
querem a liberação de Prisco. Ele acredita que o governador Jaques
Wagner tenha responsabilidade na prisão e afirma que a tendência do
movimento é nacionalizar.
“Por mais que Jaques Wagner queira sair da cena, não há como, no juízo
de ninguém. A tropa tinha voltado para trabalhar. A liberação de Prisco é
o único caminho para pacificar a segurança pública no Brasil. Eles
dizem que a vinculação é com a greve de 2002, mas porque a prisão
aconteceu nesse momento?”, questionou.
Diante da recomendação do Capitão Tadeu, Josafá disse que a tropa quer
ver Prisco solto para só depois voltar ao trabalho. “Não foi eu que
movimentei a tropa a parar. A tropa foi mobilizada pela prisão de Prisco
e eles dizem que só voltam com uma fala dele pedindo para o trabalho
voltar. Eu vi a fala de Capitão Tadeu, mas desconheço essa reunião”.
Ao ouvir as declarações de Josafá, Capitão Tadeu afirmou que a tropa é
soberana. “A decisão é da tropa. O que temos é uma recomendação, pois
entendemos que o melhor para não prejudicar Prisco é o não
aquartelamento, mas eu respeito a decisão da tropa”, afirmou.
Ônibus - Apesar da informação que a Polícia Militar
está parada na cidade, os ônibus urbanos que pararam no início da noite
de ontem, estão circulando na manhã deste sábado.
As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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