Por: Sebastião Sampaio
O esgoto a céu aberto, além de descaso, é uma questão de saúde pública.
Moradores do bairro da Estação, em São Miguel das Matas, tem
constantemente procurado a Redação da Criativa Online, para queixarem-se
do que consideram descaso do Poder Público municipal com o bairro em
que residem.
Segundo eles, a falta de esgotamento sanitário e de infra-estrutura do
Loteamento El-Shadday, tem agravado os problemas decorrentes da poluição
para os moradores da Estação, pois os dejetos das residências
(inclusive fecais), são jogado a esmo a questão deixou o campo da
urbanização e passou a ser caso de saúde pública, pois a represa cada
dia a mais é poluída.
Os moradores disseram ainda que, além da poluição, os casos de doenças e
a infestação de mosquitos, moscas e muriçocas tem se agravado, bem como
pode ocasionar o surgimento de doenças
relacionadas à falta de saneamento: amebíase, ancilostomíase,
ascaridíase, cisticercose, cólera, dengue, diarréia, desinterias,
elefantíase, esquistossomose, febre amarela, febre paratifóide, febre
tifóide, giardíase, hepatite, infecções na pele e nos olhos,
leptospirose, malária, poliomielite, teníase e tricuríase.
É importante lembrar que os custos com prevenção dessas doenças são
menores do que os que se tem com a cura e a perda de vidas por causa
delas. Também se poderiam otimizar os gastos públicos com saúde se o
dinheiro investido em tratamento de doenças vinculadas à falta de
saneamento pudesse ser direcionado para outras questões.
Para reduzir os casos dessas doenças é fundamental que a população tenha
acesso a água boa, tratamento correto do esgoto (seja ele doméstico,
industrial, hospitalar ou de qualquer outro tipo), destinação e
tratamento do lixo, drenagem urbana, instalações sanitárias adequadas e
promoção da educação sanitária (que inclui hábitos de higiene), entre
outras ações.
A sociedade civil precisa estar alerta que o problema toxicológico
causado pela falta de coleta e tratamento de esgoto e que não está
restrita apenas às comunidades carentes. Basta um vento mais forte ou
uma chuva para carregar as substâncias tóxicas para muito mais longe,
contaminando e condenando, em porções homeopáticas, toda a sociedade.
Tais substâncias, despejadas diariamente em nossos rios pelos esgotos,
são um verdadeiro inimigo invisível. A sociedade deve se unir e cobrar
de seus governantes um olhar mais atento e investimentos prioritários na
coleta e tratamento de esgoto devem ser feitos para garantir qualidade
de vida à nossa população e, principalmente, às nossas futuras gerações.
Fonte : Reconcavo News

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