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Após 23 anos sem intervenções que 
resultassem em uma ampliação no número de vagas no Presídio Regional de 
Feira de Santana, foi inaugurada nesta quinta-feira (18) a primeira 
etapa das obras na unidade prisional, que ao final dos trabalhos poderá 
custodiar até 1.216 detentos. 
O orçamento total da obra gira em torno dos R$ 9,5 milhões e nesta 
etapa foi aplicado 45% desse recurso, segundo o secretário estadual de 
Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP), Nestor Duarte. 
Foram seis pavilhões reformados, com a capacidade de 608 vagas. 
Durante a reforma cerca de 700 presos ficaram em um espaço onde cabiam 
somente 150 pessoas, em um acordo para que não fossem transferidos para 
outras unidades penais do estado. “Com as novas vagas eles estarão em 
uma condição digna e dentro do objetivo de humanização do sistema 
prisional, abrindo novas vagas”, disse Duarte. 
As novas vagas foram abertas nas unidades prisionais de Eunápolis, com 
450 vagas, as futuras 240 vagas na construção da unidade feminina em 
Feira de Santana, 240 no Complexo da Mata Escura em Salvador e 240 vagas
 em Barreiras, Vitória da Conquista, Brumado e Irecê. “Com isso 
concluímos a previsão de 4.000 vagas. Em Amélia Rodrigues estamos com 
90% do percurso, para soltar a licitação da PPP, onde uma empresa 
privada vai construir uma unidade e geri-la por 20 anos”, explicou 
Duarte. 
SINDICATO ESTÁ PREOCUPADO COM A SEGURANÇA – 
Representantes do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado da 
Bahia (Sinspeb-Bahia) também acompanharam a inauguração. Segundo a 
categoria ainda existem deficiências na unidade prisional que não foram 
sanadas, como o alojamento das agentes femininas.  
“Cobramos para que essa reforma fosse efetivada. Estamos contentes, mas
 existe um ponto preocupante como o número de servidores e se a unidade 
vai receber equipamentos modernos a revista das visitas”, disse o 
coordenador do sindicato Aílton Ferreira Santiago. 
De acordo com representante, a ampliação de vagas, que chega a 900, irá
 comprometer o trabalho dos servidores, já que o número de agentes não 
atende a demanda que será criada. “Existe um concurso desde 2010, mas 
urge a necessidade de que o governo regularize e chame os aprovados. Tem
 que se abrir um novo concurso”, alertou. 
Segundo o secretário Nestor Duarte, foram convocados 100% dos aprovados
 do último concurso e ainda restam 500 a serem chamados. Metade desses 
já fez o curso e outra está sob liminar, já que perderam no psicoteste e
 o certame não previa um reteste para reprovados. “O judiciário tem que 
resolver essa situação para trazer essas pessoas para dentro do sistema.
 Vamos precisar contratar mais gente, por que cerca de 600 REDAs tiveram
 os contratos encerrados. Um novo concurso será realizado em 2013, mas 
até lá teremos que conviver com os regimes especiais”, disse. 
CARCERAGEM DA 2ª DELEGACIA SERÁ EXTINTA – Com o fim 
das obras no Presídio, a expectativa da Polícia Civil é acabar com a 
custódia de presos flagranteados na 2ª Delegacia (DP), após a interdição
 das celas no Complexo Policial Investigador Bandeira, decretada pela 
Justiça. 
Para o coordenador regional da Polícia Civil, Ricardo Brito (1ª 
Coorpin), a reforma e ampliação do presídio são importantes para as 
forças de segurança de pública. O delegado adiantou que os presos 
flagranteados não serão mais encaminhados para a 2ª DP e que aos finais 
de semana a unidade receberá dos os custodiados a disposição da Justiça 
que estavam na delegacia.  
Nestor Duarte afirmou que o objetivo será acabar com a reclusão em 
delegacias nos próximos 12 meses através das conclusões das obras nas 
unidades do estado.  
TECNOLOGIA – Os pavilhões apresentados hoje terão uma 
tecnologia de abertura de cela que isolará o agente penitenciário do 
detento. O dispositivo permite a abertura e o fechamento da cela com o 
servidor um andar acima da área do pavilhão. “É uma solução barata. Uma 
cela em nível de Brasil sai por R$ 40 ou R$ 50 mil por vaga, essa aqui é
 uma obra que estamos a R$ 10 mil a vaga”, ressaltou. 
Para o deputado estadual e líder do governo na Assembleia, Zé Neto 
(PT), a ampliação era necessária devido aos últimos acontecimentos como 
duas rebeliões durante a gestão do governo Wagner. “Isso dará um melhor 
conforto para quem está detido, com mais dignidade e segurança para os 
que trabalham aqui”, destacou o parlamentar. 
Na segunda-feira (22) será iniciada a segunda etapa da obra com a 
previsão de mais 608 vagas, com a previsão de término para fevereiro de 
2013. 
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sexta-feira, 19 de outubro de 2012
Amélia - 90% do percurso para liberar a licitação do PRESIDIO
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